Xperia ZQ impressiona pela tela de alta resolução



Nos últimos meses, o Brasil recebeu vários lançamentos de smartphones topo de linha, como o iPhone 5 , o Lumia 920 , o Nexus 4 , o Razr HD e o Galaxy S4 . A Sony está nesse mercado com o Xperia ZQ (R$ 2.000), que se destaca pela tela com resolução Full HD e pela excelente câmera. Confira a seguir a análise feita pelo Ig (Tecnologia)

A favor:

• Tela Full HD;
• Câmera de ótima qualidade;
• Tem 16 GB e slot para cartão microSD;
• Processador de quatro núcleos.

Contra:

• Bateria não é removível;
• Cores da tela são um pouco lavadas;
• Não possui conexão HDMI.

Design

Quem já tem algum conhecimento dos aparelhos da Sony sabe que design é um quesito em que a empresa não costuma decepcionar, e isso se repete no ZQ. O aparelho é discreto, sóbrio e elegante.

Resumidamente, o ZQ é um retângulo com cantos arredondados e traseira convexa, que pesa 131 gramas. É leve e fino, com menos de um centímetro de espessura. O modelo recebido para testes é um bonito preto, mas ele também é vendido na cor branca. Mesmo com a tela grande o aparelho não é grandalhão, pois a moldura é fina.

A traseira é texturizada e emborrachada, garantindo segurança na pegadas. Nas bordas há um discreto detalhe em plástico espelhado acinzentado que dá um ar mais elegante ainda ao celular.

A frente é dominada pela tela e, finalmente a Sony parou de usar os botões capacitivos fora da tela. Agora eles estão integrados ao sistema.

Na parte de trás encontramos a câmera, uma saída de som, flash de LED, logo do Xperia, um microfone extra e uma tampinha que abriga os slots para o cartão microSD e para o chip microSIM. É fácil tirar o chip e o cartão de memória, e também há um botão de reset do aparelho, algo bem difícil de se encontrar hoje em dia. Não é possível acessar a bateria.

No lado esquerdo fica apenas a conexão microUSB, descoberta; no direito temos os botões de volume, um específico para a câmera e o de energia, bem no meio da lateral. No canto inferior esquerdo fica um orifício para cordas e chaveiros.

Na apresentação do aparelho a Sony elogiou o botão de liga/desliga no meio do aparelho, explicando que isso facilita o uso tanto por canhotos como por destros. Mas em nossos testes a posição do botão confundiu um pouco.

Tela

Dá para dizer que a tela do ZQ é o melhor aspecto do aparelho. Ela é tão grande e tão brilhante que cativa o olhar. Além disso, sua definição de 1080 x 1920 pixels Full HD faz com que seja impossível enxergar os pixels. São 5 polegadas com 443 ppi de densidade, uma dos maiores do mercado, sem dúvida.

Não há qualquer tecnologia especial na tela – como AMOLED ou True IPS –, apenas o funcionamento da engine Sony Mobile BRAVIA 2. É ela a responsável por todas as 16 milhões de cores, pela intensidade do display e também por ajustes melhores como contraste, redução de ruído e nitidez.

A tela é multitoque capacitiva e suporta até dez dedos e seu vidro possui proteção contra riscos (não sendo, entretanto, Gorilla Glass) e respingos de água, função que se estende a todo o aparelho. Além disso, o ZQ tem a tecnologia OptiContrast, que elimina uma camada de ar na estrutura e aproxima o painel de toque do display.

O brilho da tela é um ponto forte, mas pode desagradar a alguns usuários. Apesar de ser incrível para navegação, leitura e outras funções, a tela pode desagradar aos mais exigentes por ter cores um pouco “lavadas” em relação aos concorrentes. Mas esse detalhe não diminui a excelente qualidade geral da tela.

Hardware e processamento

Processamento de respeito é outro item positivo aqui. O ZQ está equipado com um processador quad-core 1.5 GHz Krait, GPU Adreno 320, chipset Qualcomm MDM9215M / APQ8064 e 2 GB de memória RAM. O conjunto é tanto que o ZQ acabou tendo alguns momentos bem quentes no manuseio.

No aplicativo de benchmark AnTuTu ele fez 20.746 pontos e obteve cinco estrelas. Em comparativos, ele se saiu melhor do que Optimus G, Nexus 4, Galaxy Note II e muitos outros, ficando atrás apenas do S4 entre aparelhos com Android.

Esse respeitável conjunto não decepcionou em qualquer tarefa, rodando mais de 10 aplicativos em multitarefa sem qualquer engasgo, e rodando sem problemas vídeos em Full HD e jogos como GTA Vice City, Need for Seed Most Wanted, Batman: The Dark Knight Rises e qualquer outro desejado.

Nas conexões, o ZQ é completo. Além de ser 3G e 4G Quad band, ele conta com Wi-Fi 802.11 a/b/g/n dual-band, Wi-Fi Direct, DLNA, Wi-Fi hotspot, Bluetooth 4.0 com A2DP, GPS com A-GPS e GLONASS, NFC e até infravermelho.

Acelerômetro, giroscópio, proximidade, luz e bússola são os sensores, e o celular também suporta HTML5 e Java, por meio de emulador.

Sistema operacional e usabilidade

O Android presente no ZQ é o 4.1.2 Jelly Bean. Não é a versão mais atual, mas o aparelho deve ganhar atualizações no futuro.Não há Android puro por aqui, pois a Sony tem sua própria interface, a Experience Flow. E a empresa tem progredido nessa área. A interface de seus aparelhos está mais bonita.

Como sempre foi uma característica da Sony, as letras são pequenas e finas, os ícones são cheios de detalhes, realistas. Nos menus e configurações, as cores predominantes são o cinza, o branco e o azul claro (que pode mudar de acordo com temas), bem elegante. No geral, os fundos são escuros e ligeiramente texturizados, o que ajuda na leitura das letras pequenas.

As contas dos serviços mais populares (como Facebook, Evernote, Google e Twitter) ficam nas configurações. E é lá também que você configura algumas funções especiais da linha Xperia, como o MirrorLink, que permite que o aparelho se comunique com alguns dispositivos via Bluetooth ou USB, como rádios automotivos.

Outras funções incluem o espelhamento da tela do ZQ em uma TV; o Sony Throw, que permite reproduzir conteúdo do ZQ direto em outros dispositivos, como receivers, smartphones, TVs e outros. Para a segurança, há desbloqueio apenas por deslizar, por padrão, PIN, senha e por rosto.

O teclado é bem interessante e traz teclas grandes e bem espaçadas. Além disso, há a tecnologia de escrever deslizando o dedo na tela (swipe). O reconhecimento de palavras e a correção automática funcionam bem.

E se você está vindo do iPhone ou qualquer outro dispositivo com iOS, há o Xperia Transfer, que traz do seu iDevice várias informações do aparelho. Ironicamente, o recurso não funciona de Android para Android. Mas nesses casos a importação costuma ser feita facilmente por meio da conta do Google.

Aplicativos

O kit básico do Google está presente: Chat em Grupo, Chrome, Configurações Google, Gmail, Google, Google+, Gtalk, Local, Mapas, Navegador GPS, Pesquisa por voz, Play Filmes, Play Livros, Play Music, Play Store e YouTube. Há também o pacote básico: Agenda, Alarme e relógio, Álbum, Calculadora, Câmera, Contatos, Downloads, Email, Filmes, Mensagens, Notas, Notícias e clima, Rádio FM, Suporte e Telefone.

Mas não é só disso que vive esse smartphone. A Sony é conhecida por colocar em seus equipamentos bem mais do que o básico pedido. E aqui não é uma exceção. Encontramos apps de Backup e restauração, Controle remoto, NeoReader (leitor de QR Codes), OfficeSuite, TrackID (reconhecimento de músicas), Estúdio de filmes, Facebook e McAfee Security.

O Timescape era parte da interface, e podia ser considerado um aplicativo. Muito criticado desde seu lançamento, era um sistema que integrava todas as mensagens do usuário em uma interface um pouco confusa, formada por plaquinhas que rodavam para mostrar emails, SMS e updates do Facebook, Twitter e outros.

Nesse aparelho o Timescape foi substituído pelo Socialife, que funciona de maneira semelhante, mas com interface bem mais prática e mais bonita. Chega de plaquinhas, agora há uma interface mais normal, no modo navegação por linha do tempo, semelhante ao Facebook. Nada inovador, mas com certeza mais prático.

A Sony também traz no ZQ alguns apps próprios, como o PlayNow, Smart Connect (dispara ações de acordo com algumas tarefas, como conectar fones de ouvido ou etiquetas NFC), Sony Car (modo automotivo), Sony Select (sugestão de aplicativos), Walkman, Wisepilot for Xperia (navegador GPS) e o Xperia Link (thetering).

Uma “vantagem” está no fato de o ZQ ser PlayStation Certified, ou seja, permite acesso à PS Store. Digo “vantagem” porque essa loja exclusiva da Sony ainda não está boa o suficiente para ser relevante, mas creio que isso seja apenas uma questão de tempo.

Outro recurso de destaque é o Small Apps. De modo similar ao que já vimos em alguns dispositivos Samsung, quando o usuário toca no botão que mostra todos os aplicativos abertos, uma barra inferior apresenta pequenos aplicativos, que ficam abertos por cima de qualquer outra coisa que esteja rodando. Temos calculadora, contador, notas, controle remoto e gravador de voz. Outras dezenas de small apps podem ser baixados na Play Store.

Câmera

Há um bom investimento da Sony nesse quesito. Já conhecida pela qualidade de suas câmeras, ela colocou nesse modelo uma com sensor de 13 megapixels, com direito a autofoco, foco e disparo por toque, estabilização de imagem, geotagueamento e LED flash.

Do lado do smartphone, como já dissemos, há um botão exclusivo para fotos que pode ser configurado para início rápido. Assim, mesmo se o smartphone estiver travado, basta apertar o botão e ele ligará a câmera, ou fará uma foto na hora, ou iniciará um vídeo.

A Sony se gaba de seu sensor Exmor RS, e dá para dizer que os resultados foram bons. Ele conta com abertura de diafragma f/2.4 e BSI (backside-illuminated), já muito utilizado em handycams e máquinas fotográficas do mercado.

Nos sensores BSI há uma troca de elementos na estrutura da câmera, fazendo com que ela capte melhor os feixes de luz. Dessa forma, acabam sendo boas para fotos noturnas, pois absorvem mais informação do ambiente. Para melhorar, há também a presença do HDR, que deixa as fotos muito mais vivas.

Em situação de pouca luz, mesmo sem flash, os resultados foram razoáveis. Há granulação, mas não incomoda demais na imagem. O HDR é o que pode ser considerado a foto normal uma vez que, sem essa função ativada, as imagens em boa luz ficam um pouco lavadas. A diferença é gritante em alguns casos, e o HDR faz toda a diferença. O zoom não é indicado, apesar de aproximar bastante.

São vários modos de foto. O já conhecido Sweep Panorama (faz boas fotos panorâmicas arrastando o smartphone pela imagem), Normal, Cenas (17 diferentes) e o Superior Auto, que além de escolher os melhores ajustes, ativa o HDR e a redução de ruído quando necessário.

Outras funções incluem as fotos sequenciais ininterruptas: em três velocidades diferentes, enquanto você mantiver o disparador apertado, o aparelho fará fotos sem parar, até completar a memória. É possível também aplicar filtros (nove) com destaque para os criativos Harris Shutter e cores parciais.

Além dos modos de disparo por toque e pelo botão, o ZQ funciona com foto através de sorrisos. Você escolhe a intensidade do sorriso e, pela detecção de faces, a foto se faz automaticamente. Entre os ajustes, você pode mexer no ISO, equilíbrio de branco, valor de exposição, medição e temporizador.

No vídeo ela também não faz feio, e grava em Full HD (1080p a 30fps), com direito a estabilização de vídeo e foco contínuo. O aparelho também é o primeiro com sensor de imagem com vídeo HDR, trazendo ainda microfone dedicado com cancelamento de ruído e a possibilidade de fazer fotos durante a filmagem.

Os vídeos feitos com a câmera ficaram bons, também por causa da função HDR. Em alguns casos há uma ligeira granulação e, quando o aparelho é movido muito rapidamente, o vídeo acaba ficando meio ondulado, mas a captação de áudio é ótima.

Na frente, uma câmera com sensor de 2 megapixels também com o sensor Exmor RS é usada para videochamadas e cumpre bem esse papel. Só fica um pouco estranho o fato de que a câmera fica na parte inferior do aparelho. Leva um tempo até se acostumar com essa posição.

Música e mídia

Entre os concorrentes atuais, o ZQ é um dos poucos que possui rádio FM. Esse recurso conta ainda com a tecnologia RDS, que mostra informações sobre a faixa reproduzida na estação.

Vídeo… preciso falar mesmo desse item? Com essa tela e esse processamento, fica quase óbvio que ele é sensacional para a reprodução de vídeo. Filmes, seriados, animações, vídeos do YouTube, tudo fica bom em uma tela Full HD de 5 polegadas.

Como já disse, as cores podem ficar um pouco lavadas se a tela estiver no brilho máximo, mas a definição e a qualidade da tela superam isso, geralmente. O som externo não tem uma ótima qualidade, e nem é muito alto.

Já os fones tiveram atenção especial da Sony. Pregando ter qualidade de som mais fiel do que os outros, esse modelo de fone MH750 também teve o conforto nos ouvidos aumentado (incomoda menos, mesmo sendo intraauricular) e possui um falante maior do que os concorrentes. Realmente, em nossos testes, a qualidade ficou evidente. São ótimos fones e não precisam de substitutos.

O recurso ClearAudio+ promete dar mais clareza ao som, mas nem sempre melhorou as músicas durante os testes. O xLOUD intensifica os volumes do alto-falante, e é possível também limpar o estéreo, mexer no equalizador, ativar um ajuste automático da qualidade do som e ativar o normalizador dinâmico.

Outros recursos mostram a versatilidade do ZQ. O One-touch mirroring permite que você veja fotos e vídeos do telefone na TV, bastando apenas encostar o ZQ em um controle remoto, através de NFC. Caixas de som e outros produtos com NFC funcionam de forma semelhante. E há também um controle remoto no smartphone, pois ele tem conexão infravermelho.

Por mais estranho que possa parecer, o ZQ não conta com conexão HDMI. É um smartphone totalmente voltado à multimídia, mas para conectá-lo à TV por meio de um cabo é necessário comprar um adaptador, uma vez que a conexão USB trabalha com o protocolo MHL.

Esse não é um problema insolúvel, já que o ZQ possui conexão DLNA e pode “conversar” facilmente com aparelhos domésticos que possuam a mesma tecnologia, como TVs HD, aparelhos Blu-ray e home theaters, entre outros.

Bateria e armazenamento

Pelo tamanho de sua tela, a duração da bateria de 2370 mAh impressionou. Com 5 polegadas, ele chegou a 45 horas em stand-by, mesmo com o Wi-Fi ligado. Já com o 3G, chegou a 5 horas; na reprodução de vídeos, jogos pesados e outros, alcançou a marca de 8 horas. Nada mau, mesmo.

Toda essa duração se dá graças aos vários modos de economia de energia disponíveis. Um deles desativa funções para poupar carga, outro ativa o WiFi automaticamente quando encontra uma rede local e o modo Stamina (Resistência) desabilita os dados móveis quando a tela está desligada. De acordo com a Sony, quanto mais aplicativos instalados, maior é o efeito do modo Stamina da bateria.

Creio que uma grande vantagem do ZQ em relação a seus concorrentes está aqui, no quesito armazenamento. Isso porque, além de contar com 16 GB de espaço interno, ele possui slot para cartão de memória microSD. Nem o Lumia 920, Nexus 4 ou iPhone 5 possuem essa facilidade. E o cartão pode ser de até 64 GB.

O que vem na caixa

Dentro da caixa encontramos o grande Xperia ZQ, muitos manuais e garantias, carregador de viagem, fones de ouvido, borrachas para os fones e cabo USB.

Para quem é

Quem espera o máximo de um aparelho pode pensar no ZQ. Além de ser tão poderoso quanto os concorrentes, ele possui uma tela invejável com definição Full HD. Sua câmera só perde para o Lumia 920, da Nokia, e seu design carrega a qualidade da marca. Seu preço está na média, e aqueles interessados em multimídia não vão se decepcionar.

Ficha técnica

Sony Xperia ZQ C6503

Preço: R$ 2.000
Configuração: tela de 5 polegadas e resolução de 1080 x 1920 pixels, sistema Android 4.1.2 Jelly Bean, processador 1.5 GHz Qualcomm Krait de quatro núcleos, 2GB de RAM, 3G/4G, 16 GB de armazenamento interno + entrada para cartão, câmera de 13 megapixels com flash LED, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n dual band, Wi-Fi hotspot, Wi-Fi Direct, DLNA, GPS com A-GPS e GLONASS, Bluetooth 4.0, NFC.
Dimensões: 13,1 x 7 x 0,98 cm
Peso: 151g
Autonomia de bateria: Até 45 horas em stand-by / Até 8h em conversação e internet
Itens inclusos: aparelho, manuais, carregador de viagem, fones de ouvido, borrachas para os fones e cabo USB.

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