Jornal diz que EUA rastreiam usuários de Google e Facebook


Segundo 'The Guardian', governo tem acesso a servidores de empresas.
Mais cedo nesta quinta, 6, Estados Unidos admitiram monitorar telefones.
 


O governo norte-americano tem acesso direto aos sistemas de Google,Facebook, Apple e outras empresas gigantes da internet do país, de acordo com um documento secreto divulgado na noite desta quinta-feira (6) pelo jornal britânico “The Guardian”. Com o acesso, segundo o jornal, o governo monitora secretamente o que usuários considerados suspeitos fazem: o histórico de buscas e o conteúdo de e-mails, arquivos e de bate-papos on-line.

Até a última atualização desta reportagem, o governo de Barack Obama não havia se pronunciado sobre a reportagem do "Guardian", e várias das empresas citadas negaram.

A nova denúncia veio horas depois de a Casa Branca admitir, nesta quinta, que o governo dos Estados Unidos espionou registros telefônicos de pelo menos uma operadora, a Verizon, em resposta a documentos divulgados também pelo "Guardian" na quarta (5).

Segundo o jornal, os dados são coletados pela polícia federal dos Estados Unidos (FBI) e a pela Agência Nacional de Segurança (NSA) em busca de fazer conexões entre hábitos suspeitos na internet.


As companhias são Google, Microsoft,Yahoo!, Facebook, PalTalk, AOL e Apple. Apesar de serem serviços, YouTube (Google) e Skype (Microsoft) também estão na lista.

A ferramenta de armazenamento na rede Dropbox é descrita como uma das próximas a entrar na lista.

Os órgãos extraem áudios, vídeos, fotografias, e-mails, documentos e logs de acessos. O intuito é rastrear o movimento de certas pessoas na web e monitorar os contatos que fazem na rede.

Segundo a publicação, o programa supersecreto, chamado PRISM, foi estabelecido em 2007, mas não havia vindo a público antes.

O jornal obteve um relatório interno da operação no Vale do Silício, na Califórnia, lar da maioria dessas empresas. No documento, um analista da NSA descreveu o PRISM como a ferramenta que mais contribui com o relatório diário da presidência. Em 2012, o programa foi fonte de quase 1,5 mil artigos.

Segundo o “Post”, a situação é mais chocante porque a NSA, que deveria se dedicar a missões de inteligência externa, está envolvida em um programa de monitoramento de empresas americanas, que armazenamento milhões de contas de cidadãos americanos.

Isso justifica a presença do PalTalk na lista, apesar de pouco usado. Durante a Primavera Árabe e a guerra civil da Síria, o bate-papo registrou um tráfego de dados significante.

Espionagem telefônica
O governo dos Estados Unidos admitiu nesta quinta-feira que chegou a espionar registros telefônicos de pelo menos uma operadora de telefonia, reabrindo o debate sobre privacidade no país, ao mesmo tempo em que defendeu a prática como necessária para proteger os norte-americanos contra ataques terroristas. O jornal “The Guardian” publicou na quarta (5) uma ordem judicial secreta relacionada aos registros de milhões de clientes da Verizon Communications.

"O documento mostra pela primeira vez que, sob o governo Obama são recolhidos indiscriminadamente e em grandes quantidades os registros de comunicações de milhares de cidadãos americanos, independentemente de serem ou não suspeitos", disse o "The Guardian".

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